Onde existe água, também existem algas. Apesar de não ser um assunto agradável para tratarmos, o aparecimento de algas na piscina é bem comum e precisa ser tratado adequadamente.
As algas e bactérias presentes na água da piscina precisam ser removidas para evitar a transmissão de doenças e infecções para os banhistas. Entretanto, antes de saber como eliminá-las, você precisa entender porque razões elas aparecem.
Além disso, conhecer os tipos de algas existentes é fundamental para aplicar o tratamento adequado.
Se você está com problemas para eliminar as algas da piscina, confira algumas dicas que temos. Vamos iniciar descobrindo como elas surgem.
As algas chegam à piscina através do vento, da chuva ou até mesmo pela roupa dos banhistas. Você já deve ter percebido que, quando chove muito, a água da piscina fica com um aspecto esverdeado. Isso acontece porque a chuva transporta uma grande quantidade desses micro-organismos.
Por terem um formato microscópico, as algas são imperceptíveis no início. Porém, elas se reproduzem com uma rapidez impressionante. Não existe uma forma concreta para prever o surgimento das algas — o ideal é eliminá-las no começo e evitar que se instalem.
Para isso, são necessárias algumas medidas: tratar a água com frequência, mantendo os níveis dos componentes; fazer a limpeza da piscina regularmente; escovar e aspirar a piscina frequentemente.
Com tantas tarefas diferentes, é possível que se esqueça de alguma etapa ou não executá-la corretamente. Mesmo investindo tempo e dinheiro nessas ações, se mal administradas, ainda pode gerar o aparecimento de algas.
Da noite para o dia, as algas podem surgir e aumentar consideravelmente o seu tamanho. Os primeiros sinais geralmente são manchas na parede da piscina. Quando isso acontece, significa que logo outras surgirão.
Antes de eliminar as algas da piscina, é preciso identificar os tipos existentes para tomar as medidas adequadas. Atualmente, existem mais de 20 mil tipos diferentes de algas. Entretanto, quando falamos de piscina, elas se diferenciam pela cor e podemos citar 4 tipos principais.
Este tipo de alga é o mais comum nas piscinas. Crescem devido ao tratamento inadequado da água. Elas geralmente têm a cor esverdeada, parecida com o musgo, e alocam-se facilmente na linha de água, nas escadas ou nos cantos da piscina.
É o tipo de alga que se espalha mais rapidamente, podendo cobrir a superfície da água em apenas 24 horas. Ela pode ser escovada ou aspirada sem grandes dificuldades. Porém, essa solução é provisória e necessita de um tratamento adicional.
As algas amarelas, mostardas ou acastanhadas, não se proliferam com a rapidez das algas verdes. Entretanto, são bem mais resistentes e tornam-se difíceis de serem eliminadas. São, muitas vezes, confundidas com areia ou algum tipo de poeira.
Além disso, a probabilidade de retorno desse tipo de alga é bastante alta. Desenvolve-se especialmente nas paredes da piscina com mais sombra.
Se você pretende eliminar as algas da piscina e elas são do tipo preta, prepare-se — esse pode ser seu pior pesadelo. As algas pretas têm a cor quase azulada e, apesar de serem raras, são extremamente resistentes.
No início, elas podem parecer inofensivas, pois são pequenas pintas no fundo da piscina. Porém, sua proliferação é gradual: no começo, é lenta; depois, espalha-se com rapidez e, em alguns casos, pode cobrir todo o fundo da piscina.
Esse tipo de alga cria uma camada protetora muito resistente e pode infiltrar o revestimento da piscina com suas raízes. Isso torna o processo de limpeza muito mais complexo — afinal, se não forem completamente removidas, elas podem retornar em pouco tempo.
Apesar de serem conhecidas como tal, as “algas rosa” são, na verdade, um fungo. Este é encontrado em piscinas, tem consistência espumosa e fica geralmente na superfície da água. A boa notícia é que esse tipo de alga é facilmente removível.
Existem diversos processos para eliminar as algas da piscina: escovar, aspirar, adicionar cloro adequadamente, entre outros. Entretanto, alguns podem ser mais eficazes, dependendo do estágio da alga.
Antes de iniciar o tratamento químico da piscina, é necessário fazer a limpeza física. Com a ajuda de uma peneira, elimine todas as folhas, algas grandes, insetos e demais detritos que estão em decomposição.
Faça uma escovação na superfície da piscina, retirando grande parte da sujeira. Além de evitar uma reação tóxica, no contato do cloro com material orgânico, a limpeza física facilita o trabalho.
Feito isso, passamos para a etapa química. A seguir, mostraremos algumas opções de tratamento para que você consiga eliminar completamente as algas da sua piscina.
A primeira opção de tratamento é com supercloração ou choque. A dosagem de cloro vai depender do estágio e da cor das algas. Geralmente, esse procedimento é utilizado para as algas verde claro e verde escuro.
As algas na cor verde claro podem receber um tratamento de choque comum. Para esse tipo de situação, geralmente usa-se 14 gramas de cloro para cada metro cúbico de água.
Se a sua piscina estiver com um tom de verde mais escuro, a dose de cloro aumenta um pouco. Para esse caso, você precisará de 18 gramas de cloro para cada mil litros de água, em média.
Entretanto, se a cor da piscina estiver quase preta, pode ser um pouco mais trabalhoso. Não é indicado colocar mais de que 20 gramas/m³ de cloro por vez. Por isso, você adicionará essa quantidade na primeira aplicação e esperar o resultado.
Quanto a água chega a esse aspecto, apenas uma aplicação não elimina completamente as algas. Nesse caso, espere 24 ou 48 horas para a segunda adição de cloro, na mesma medida (20g/m³).
Recomenda-se aplicar o cloro no período noturno, pois assim ele pode agir por mais tempo sem contato com o sol. Outra dica importante é diluir o cloro antes de aplicá-lo, caso sua piscina seja de fibra ou vinil.
Este segundo método usa a decantação de água. Mas, antes de qualquer coisa, precisamos entender que a decantação não elimina as algas. O que as mata é o cloro. Portanto, antes de usar esse tipo de tratamento, adicione o cloro e regule os parâmetros da água.
Em seguida, desligue a motobomba do seu filtro de areia e coloque a válvula do filtro na posição “recircular”, ligando novamente. Isso interromperá o fluxo de água pela areia do filtro e continuará misturando os produtos.
Depois, adicione a quantidade recomendada de decantador, de acordo com o tamanho da piscina. Deixe recircular por 30 minutos, desligue a motobomba e espere amanhecer.
Durante a noite, o decantador unirá as partículas de sujeira, o que inclui as algas mortas pelo cloro. Pela manhã, você perceberá que a água está cristalina. Por último, aspire lentamente a sujeira do fundo da piscina.
Os algicidas normalmente servem como pesticidas e têm a função de prevenir. Os chamados “algicidas de manutenção” devem ser usados com moderação e em conjunto com o cloro. Entretanto, se o algicida for à base de cobre, ele não pode ser aplicado.
A aplicação do algicida é feita quase no final do tratamento. Primeiro, são realizados os procedimentos para eliminar as algas e o esverdeamento, como a supercloração. Depois de 10 minutos da aplicação de cloro, é iniciado o tratamento com algicida de choque — em média, 6 ml para cada litro de água.
Lembre-se que existem algas muito resistentes e, em alguns casos, o tratamento é agressivo. Para evitar esses transtornos e manter sua piscina limpa e purificada, tenha sempre no estoque o algicida de manutenção e o algicida de choque.
Agora que você já descobriu como surgem, os tipos que existem e como eliminar as algas da piscina, seu aprendizado pode ser colocado em prática. Não se esqueça de fazer a manutenção constante e verificação periódica dos parâmetros da água.
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