Nesta época do ano, em que as temperaturas começam a se elevar em grande parte do país e as férias escolares se aproximam, piscinas de condomínios, clubes, hotéis e resorts começam a ficar bem cheias. É quando, então, a segurança em piscinas deve ser redobrada. Se você administra um desses locais, deve ter essa preocupação. Principalmente se no seu município ainda não existe legislação que obrigue a presença de um salva-vidas.
Veja, agora, algumas dicas que você pode (e deve) seguir para manter a segurança e a tranquilidade dos banhistas.
A legislação que regulamenta a segurança em piscinas varia de município para município e de estado para estado. No Rio de Janeiro, por exemplo, a lei é estadual e existe desde 2001. Algumas administrações, porém, ainda não regulamentaram leis a respeito do assunto. Informe-se nos órgãos competentes da sua cidade.
De qualquer forma, as regras estabelecidas em Convenção de Condomínio devem ser observadas sempre. Elas são a lei máxima em um condomínio. Pode ser, entretanto, que o seu condomínio seja novo ou que a área de lazer tenha sido recém construída e ainda não possua regras. Nesse caso, o síndico deve propor algumas normas importantes, como:
Tudo isso deve ser apresentado em assembleia e acordado com os condôminos. No caso de clubes e resorts, ter normas é igualmente importante e essas regras devem ser compartilhadas com todos os funcionários.
Definidas as regras para uso da piscina, o próximo passo é sinalizar a área. O responsável pelo condomínio, clube, resort, etc, deve colocar placas indicando o que é proibido, horário de funcionamento e recomendações. Informações sobre a profundidade da piscina e placas orientativas, como, por exemplo, “não nade após ingestão de bebida alcoólica” ou “não corra em volta da piscina” são bem-vindas.
Pode parecer besteira, mas muitas pessoas, no momento em que estão se divertindo, não têm noção sobre o que pode colocá-las em risco. Por isso, reforçar os perigos existentes nunca será uma atitude exagerada.
Além disso, a área deve ser cercada e ter portão com trava de difícil liberação para evitar a entrada de crianças pequenas desacompanhadas. Outra prática recomendável é disponibilizar em local visível os números de emergência dos Bombeiros (193), Polícia Militar (190) e Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192).
Para ser absolutamente segura, a piscina deve receber manutenção periódica e ter equipamentos de segurança. São alguns deles: botão de parada de emergência, respiro atmosférico, sistema de segurança de liberação de vácuo, tampa não bloqueável e tampa antiaprisionamento, que evita a sucção dos cabelos. Todos devem ser certificados pelo Inmetro.
Faça o tratamento à base de cloro e a filtragem no período da noite, pois, além de levar muito tempo, cerca de 8 horas, o produto ainda concentrado pode causar irritação nos olhos e outros danos aos banhistas. Evite aspirar e usar redes de limpeza durante o período em que a piscina estiver aberta.
Pisos antiderrapantes na área da piscina são itens bastante indicados. Também podem ser instaladas câmeras para detectar rapidamente uma situação de emergência e sensores que informem a presença de corpo estranho na área interna do tanque. Além disso, verifique diariamente o pH da água, se não há azulejos ou outros materiais quebrados ao redor da piscina ou rachaduras em seu interior que estejam causando vazamentos.
E atenção: não deixe que a área seja liberada para entrada de banhistas antes da retirada de capas que protegem a piscina. Elas são eficazes na retenção da evaporação e na proteção contra insetos, mas podem ser perigosas se não estiverem bem presas e esticadas ou se alguma criança resolver levantá-las para ver o que tem embaixo.
Como já foi dito neste artigo, alguns lugares já possuem a obrigatoriedade da presença de um guarda-vidas em piscinas de uso coletivo. Mesmo que esse não seja o caso da sua região, a contratação de um guardião deve ser analisada, pois ele é o profissional mais qualificado para garantir a segurança da área.
Esse profissional pode ser terceirizado, o que vai trazer ainda mais sossego para o administrador ou síndico, já que a empresa contratada deve fornecer treinamento adequado, todos os equipamentos necessários ao exercício da função e a garantia de que sempre haverá um funcionário para substituir possíveis ausências. Imagine ter que fechar a área de lazer porque o guardião não pode comparecer ao trabalho?
É função do guarda-vidas não só salvar banhistas que estejam em situações perigosas, mas também alertar sobre comportamentos inadequados ao redor da piscina, que possam causar algum risco aos usuários.
Outras medidas, como a aquisição e disponibilização de uma caixa de primeiros socorros e fechamento da piscina em dias de chuva forte, também evitam uma série de problemas. Alerte os usuários sobre o perigo de entrar na água durante tempestades com raios.
Vale ressaltar que, quando o assunto é segurança em piscinas, todo cuidado é pouco. Por isso, pesquise e informe-se sobre as empresas que prestam serviço de salva-vidas e não tenha receio em parecer exagerado nos cuidados. Afinal, você deve zelar pela vida e pela saúde dos condôminos, frequentadores ou hóspedes do lugar que administra.
Está com dúvidas? Já viveu alguma situação de emergência por falta de segurança na piscina? Gostou deste artigo e quer saber mais sobre o assunto? Deixe seu comentário neste post. A sua opinião é fundamental para que possamos sempre abastecê-lo com conteúdo de qualidade!