Até pouco tempo atrás, quando falávamos em diferentes tipos de piscina o assunto parecia ser bastante específico. O mais comum era que a conversa se encaminhasse para os materiais mais populares, como os modelos de vinil.
Acontece que, atualmente, o assunto ganhou mais versatilidade. E isso se deve ao fato de que, além da tradicional piscina de cloro, também encontramos a possibilidade de criar uma piscina de água salgada.
A novidade, por aqui, ainda é pouco explorada nas piscinas residenciais. Mas, quando o foco é a sua aplicabilidade em ambientes comerciais, como parques aquáticos, hotéis e resorts, a coisa muda de figura.
Isso porque as áreas de lazer com água salgada tendem a trazer alguns benefícios — entre eles, o baixo custo de manutenção e menores gastos com produtos químicos.
Para que você entenda como esses dois tipos de piscina podem se ajustar às suas necessidades e objetivos, nós preparamos este post.
A seguir, você vai conhecer tudo sobre ambos os modelos: começaremos explicando o conceito de cada um, passando aos cuidados, vantagens e um passo a passo detalhado para montar cada um deles. Confira!
Um calor recorrente, que vai e vem mesmo nas estações mais frias do ano, faz do Brasil o país ideal para a popularização das piscinas em residências, clubes e hotéis.
Afinal, poucos ambientes são tão convidativos ao frescor naqueles dias ensolarados quando podemos dispor de alguns momentos de lazer.
Até por isso, as piscinas deixaram de ser um luxo para poucos: segundo a Associação Nacional dos Fabricantes Construtores de Piscinas e Produtos Afins (ANAPP), somos o segundo país com mais piscinas construídas.
O que ainda pode confundir os interessados em montar essa área de lazer em casa é o seu investimento inicial. Outra dúvida que pode entrar em pauta são os cuidados cotidianos necessários para a sua manutenção.
Não à toa, temos o costume de reforçar que a contratação de uma empresa especializada para lidar com esses assuntos é primordial.
Isso faz toda a diferença para ter uma piscina agradável e refrescante em qualquer época do ano — seja em casa ou em estabelecimentos comerciais.
Portanto, é seguro dizer que, independentemente do tipo de piscina que você tem considerado construir, todos os meses são apropriados para curtir uma área dessas e trazer diversão para toda a família, além de visitas e hóspedes.
O que também não difere muito são os passos iniciais para construir um ambiente desses, como:
Agora, quando se trata dos aspectos técnicos da tradicional piscina de cloro e da de água salgada, a discussão é outra. A seguir, vamos falar das especificidades de cada um desses modelos. Acompanhe!
Piscinas cuja qualidade da água é mantida com o cloro e outros produtos químicos são as mais populares. Elas estão presentes em boa parte dos estabelecimentos e residências. Por isso, vamos começar avaliando esse tipo de composição para a área de lazer do seu lar, clube ou hotel.
Também conhecida como piscina de água doce, os principais componentes que a mantêm em funcionamento são os seguintes:
Além disso, podemos também mencionar a tubulação necessária para colocar a piscina em funcionamento.
Aqui, o aparato se segmenta: primeiramente, temos o encanamento destinado à aspiração (aquele que, geralmente, encontramos nas paredes das piscinas); além dele, há também o que se destina à limpeza — cuja responsabilidade é do skimmer — do ralo de fundo, para sugar a água nas partes mais fundas e retorná-la (aquele que vai devolver a água filtrada e pronta para uso novamente).
Por fim, é importante que haja uma tubulação específica de esgoto, em que o descarte ocorre e a água é destinada a um local apropriado para seu desuso.
O funcionamento é básico, uma vez que se compreende as suas etapas. Tudo tem início com a água que fica armazenada no tanque, pronta para uso. Com o tempo, entretanto, faz-se necessária a sua manutenção.
Essa tarefa começa com a bomba, que movimenta o ciclo da água sugando-a através das tubulações específicas para isso, como o ralo de fundo. Ao chegar à bomba, boa parte das sujidades é retida, seguindo para o filtro da piscina.
Passada essa etapa, a água é bombeada de volta para o tanque, e o que foi descartado segue para a tubulação de esgoto.
Além disso, existe a necessidade de manter a aplicação diária de cloro — especialmente quando há um tráfego intenso na piscina —, entre outros produtos químicos que complementam a limpeza da piscina.
Viu como o processo, em si, é simples? Vamos ver, agora, como o mesmo se aplica às piscinas de água salgada.
A alternativa às piscinas tradicionais com cloro pode ainda ser pouco popular no Brasil, como mencionamos, mas tem alto potencial de crescimento — principalmente porque elas prometem mais comodidade e conveniência em sua manutenção.
A facilidade de manutenção ocorre, em parte, por conta do tratamento específico da água nesses tipos de piscina, algo que se dá por meio da eletrólise do sal encontrado na água, um processo químico que faz da salinidade um verdadeiro esterilizante.
Assim, bactérias, algas e parasitas têm pouca — ou nenhuma — chance de sobrevivência e proliferação ao longo do tempo. E o pouco esforço demandado pela manutenção da piscina se deve, ainda, à ação natural do sal, que, finalizada a esterilização, volta à sua condição natural.
Só que o fato de essa modalidade ser ainda pouco divulgada faz com que os novos interessados na piscina de água salgada encontrem dúvidas a respeito dos seus processos adequados de manutenção (que deve existir, no fim das contas) e limpeza da água.
Entre os procedimentos para colocar essa piscina em uso e apropriada para a refrescância dos usuários, podemos citar os seguintes:
Além disso, o pH da água é igualmente importante. Na verdade, até mais, porque a cloração salina interfere constantemente nos níveis ideais, que devem ficar entre 7 e 7,4.
Caso esse ponto não seja devidamente observado e continuamente monitorado, podemos nos deparar com um pH baixo, que se traduz em uma água ácida. Consequentemente, ela poderá provocar algumas irritações nos usuários — principalmente na pele e nos olhos.
É bom apontar também que o pH abaixo do nível ideal atrapalha a ação do clorador salino e pode até mesmo corroer elementos metálicos presentes na piscina.
Quando o pH é elevado, por sua vez, fica mais fácil a proliferação de algas, por exemplo, já que a ação desinfetante do sal também perde a sua eficácia.
Apenas com base nessas informações já é possível perceber que ambos os tipos de piscina dependem de alguns cuidados e certos detalhes podem fazer toda a diferença (positiva ou negativa), dependendo da atenção dedicada à sua manutenção.
É justamente por isso que, para hotéis e resorts, por exemplo, nós indicamos o auxílio de empresas especializadas na construção e no tratamento de piscinas. Assim, os hóspedes podem desfrutar da área de lazer o ano inteiro, em uma água apropriada para uso.
Já mencionamos brevemente o processo natural de limpeza da água de uma piscina salgada. Agora, vamos nos ater a esse interessante diferencial para melhor esclarecê-lo.
O tratamento começa por um processo natural (a já citada eletrólise), de modo que a proporção de sal dissolvido no volume de água da piscina tem ação de limpeza.
Dessa maneira, a atenção exigida pela manutenção é menor, quando comparada a piscinas tradicionais mantidas com cloro, porque o sal se encarrega de destruir todo tipo de matéria orgânica (como algas e bactérias). Em seguida, ele mesmo vota à sua condição natural com a ajuda do calor do sol.
Basicamente, uma corrente elétrica quebra a molécula de sal em íons de sódio e de cloro. Diante da presença massiva de água ao redor, é formado o ácido hipocloroso.
É esse ácido que assume a tarefa de extinguir parasitas, bactérias e algas, conferindo mais qualidade às atividades dos usuários.
Em seguida, com a ação do sol, ele volta à sua configuração original, dissolvido na água da piscina. E, o melhor: sem a necessidade contínua de manutenção para repor a quantidade de sal. Isso acontece periodicamente, de acordo com o processo de filtragem e a ocorrência de chuvas, por exemplo, que influenciam no volume de água com o tempo.
Com isso, fica evidente que a limpeza da água, inicialmente, se dá por meio de um procedimento inteiramente natural, com nenhuma interferência humana no processo.
Para obter esse resultado satisfatório, entretanto, é importante avaliar a proporção de sal em comparação ao volume de água na piscina: em média, usa-se 5 kg de sal para cada 1.000 litros de água.
Apenas como efeito comparativo: a água do mar, conhecidamente salgada, possui uma proporção elevadíssima, com 35 g de sal dissolvido a cada litro de água.
Isso se converte em 350 kg para cada 1.000 litros de água. Não podemos comparar, portanto, as condições do salgado do mar com a piscina de água salgada — e tampouco os efeitos que verificamos após prolongados banhos no litoral, como os resíduos de sal na pele, nas roupas e nos cabelos.
Isso tudo, por fim, tem um impacto positivo no investimento direcionado à construção e manutenção da piscina.
No caso do modelo de água salgada, o retorno é percebido em médio e longo prazo, já que ele é configurado pela baixa necessidade em cuidar da piscina com a mesma quantidade de produtos químicos. Estima-se que essa economia represente até 50% a menos do que o necessário para tratar e limpar uma piscina que seja à base de cloro.
Como finalizamos o tópico anterior falando a respeito da piscina de água salgada — passando invariavelmente por algumas de suas vantagens e os desafios em mantê-la —, vamos dar sequência ao tema e explorar melhor essas características peculiares.
Em geral, podemos apontar que a piscina salgada é vantajosa porque:
Por outro lado, ao observar esses tipos de piscina cada vez mais presentes nos lares e hotéis do Brasil e país afora, identificamos alguns desafios a serem observados e contornados, como o aumento no consumo de energia elétrica.
Isso se deve à constância no bombeamento da piscina de água salgada, que é necessária para conferir uma atividade contínua de limpeza por meio do sal.
Também podemos apontar uma presença maior de cálcio, pois a quebra de íons decorrente da eletrólise pode ser benéfica para a limpeza da água, mas essas moléculas acabam fixadas às placas de titânio antes de voltarem à água da piscina.
Assim, esse processo contribui para o acúmulo e depósito de cálcio na estrutura da piscina, exigindo uma atenção maior no processo automatizado ou manual de limpeza.
Outro ponto que merece atenção é a consequente corrosão de elementos metálicos da piscina, por conta da ação do sal. É o mesmo processo que podemos observar, com suas devidas proporções, na ação da maresia em casas e automóveis nos litorais.
Por ser um elemento naturalmente corrosivo, o cuidado de quem se encarrega da limpeza da piscina deve se estender a esse aspecto para evitar a rápida deterioração dos acessórios.
Além disso, existe uma proporção de desequilíbrio entre piscinas aquecidas e a presença de sal em seu volume de água, pois a reação pode produzir cloro em excesso nessas situações. Daí também a importância de contar com a presença de profissionais que cuidem de suas piscinas da maneira mais personalizada e atenciosa possível.
Não pense que a piscina à base de cloro fique atrás em benefícios apenas porque a sua versão salina concentra um bom leque de conveniências. Confira, a seguir, suas vantagens e desafios.
Por sua vez, existem alguns desafios em manter esses tipos de piscina — particular ou comercialmente —, como:
Ou seja: ambos os tipos de piscina concentram atrativos e algumas características que requerem mais atenção de seus proprietários.
Mas, ao longo deste artigo, deve ter dado para entender um pouco mais sobre quais condições são ideais para atender às suas necessidades e objetivos, não é verdade?
Piscinas de água doce e de água salgada possuem igual potencial de lazer e diversão: são tipos de piscina diferentes, mas proporcionam o mesmo entretenimento e refrescância.
O que podemos observar, ao comparar ambos os modelos, é que a água salgada é menos danosa ao corpo humano e também que o investimento em médio e longo prazo se justifica.
Por sua vez, a piscina de água doce concentra menos custos com energia elétrica e, possivelmente, com a reparação ou substituição periódica de componentes metálicos que podem se deteriorar pela ação do sal.
Já na relação de produtos químicos usados periodicamente, a piscina de água salgada se destaca porque a limpeza contra bactérias, fungos e parasitas em geral independe da ação de produtos, sendo também um tempo menor investido na manutenção do espaço.
Ou seja: são excelentes pedidas para o consumidor. Em hotéis com escorregadores e outros atrativos, a água salgada se torna um diferencial — especialmente porque a novidade tem sido pouco explorada aqui no Brasil.
Para residências, o baixo custo de manutenção é o grande destaque, bem como o cuidado com o bem-estar dos banhistas, que podem se despedir daquela irritação incômoda nos olhos ou na pele.
Portanto, basta colocar na ponta do lápis as suas contas relativas aos custos iniciais, fixos e variáveis, e entender melhor como cada um desses tipos de piscina podem atender aos seus objetivos e às necessidades do seu empreendimento ou lar.
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