Estar em contato com a água da piscina é agradável e relaxante. No entanto, não podemos esquecer que acidentes acontecem nesse espaço, sendo essencial termos noção de técnicas de salvamento aquático.
Mesmo em um dia tranquilo alguém pode se acidentar e precisar de socorro. Até que os profissionais cheguem ao local, é preciso que o acidentado receba assistência quando isso for possível.
Pensando nisso, preparamos este artigo com informações importantes para você saber como proceder em casos de urgência. Leia atentamente as dicas a seguir.
O ideal é prevenir os acidentes na água com medidas de segurança. Quando essas medidas falham, é importante que alguém saiba como ajudar o acidentado. Sendo assim, conhecer técnicas de salvamento aquático faz toda a diferença.
A área da piscina oferece risco de acidentes como escorregões, quedas e mergulhos malsucedidos, mas o mais comum dos acidentes é o afogamento. De acordo com a SOBRASA (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), todos os dias 17 brasileiros morrem afogados.
Isso significa que a cada 84 minutos alguém se afoga no Brasil. Esse tipo de acidente é a 2ª causa de óbito entre crianças de 1 a 9 anos; a terceira entre crianças e jovens de 10 a 19 anos e a 4ª entre jovens adultos de 20 a 25 anos.
Apesar de 75% dos óbitos acontecerem em rios e represas, entre as crianças de 1 a 9 anos, 51% das mortes ocorrem em piscinas e em suas residências. Mais uma vez isso mostra o quão essencial é saber realizar o salvamento aquático — o que você vai aprender a seguir.
O salvamento aquático em espaços naturais, como cachoeiras ou no mar, exige mais experiência e preparo para evitar que quem vai socorrer acabe sendo vítima. No entanto, na piscina é possível prestar socorro ao acidentado.
Vale lembrar que o ideal é sempre observar as condições do acidente e se é seguro ajudar o afogado. Veja a seguir um passo a passo do salvamento aquático sem riscos para a vítima e para o socorrista.
Observe se a pessoa está realmente se afogando por meio da análise da forma como ela se movimenta.
Acione a emergência ou peça que alguém faça isso.
Ofereça à pessoa algo para se agarrar ou um objeto flutuante. Prefira socorrer de fora da água, para evitar um segundo afogamento.
Se a vítima estiver presa no sistema de aspiração, o equipamento deve ser desligado imediatamente.
Fora da água, coloque o afogado em posição horizontal com a cabeça e o tronco na mesma linha.
Pergunte se a pessoa está lhe ouvindo. Caso a vítima reaja, deite-a em posição lateral e espere pelo socorro.
Se a vítima não responder, ela pode estar viva e apenas desacordada ou sofrendo uma parada cardiorrespiratória. Para continuar o socorro, analise o seu estado.
Abra as vias aéreas da pessoa segurando o seu queixo e, com a outra mão, apoie a testa e estenda o pescoço para trás. Isso funciona para checar sua respiração.
Se a pessoa estiver respirando, apenas coloque-a em posição lateral e espere o socorro.
APENAS se a pessoa NÃO estiver respirando: tape o nariz do afogado com uma das mãos e, com outra, abra sua boca e faça 5 ventilações boca a boca. Entre elas, deixe um intervalo para o tórax se elevar e esvaziar.
SE a ventilação NÃO surtir efeito, localize onde as últimas costelas se encontram, marque dois dedos e posicione sua mão nessa altura. Coloque a outra mão sobre a primeira e inicie a massagem cardíaca. Em crianças, faça apenas com uma mão.
Execute 30 compressões na velocidade de 100 por minuto, alternando com 2 ventilações até que haja resposta, o socorro chegue ou você se canse. A cada 4 ciclos da manobra, analise a respiração e o coração.
Não se esqueça de que o salvamento aquático amador deve ser feito apenas em casos de urgência, se for seguro para ambos e se você souber como proceder. Do contrário, peça socorro para evitar que você se machuque ou o estado da vítima se agrave.
O ideal é prevenir os acidentes. Por isso, confira estas dicas de segurança para piscina e evite que o salvamento seja necessário.