O ralo de piscina é um dos principais equipamentos para manter essa cobiçada área de lazer sempre limpa e convidativa para reunir a família e os amigos nos dias mais quentes do ano.
Acontece que esse equipamento percorre uma perigosa via de duas mãos: da mesma maneira que possui um eficiente poder de sucção que ajuda a absorver a sujeira, resíduos e partículas, o ralo da piscina também é tido como um risco em potencial para banhistas de todas as idades.
Nesse contexto, o perigo é ainda maior para as crianças. Quem mostra isso é a Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), que aponta as piscinas como responsáveis por 1,6% dos casos de morte por afogamento no País.
E, embora o número pareça apresentar baixa representatividade, como um todo, é válido mencionar que, do total desse valor, 53% de todos os casos envolvem crianças entre um e nove anos.
Por isso, todo cuidado é considerado fundamental para garantir que a piscina se mantenha no nível de limpeza adequado e desejado para longos banhos, ao mesmo tempo em que promove a segurança de todos.
Esse é o objetivo principal deste post, que visa listar todos os cuidados que devem ser tomados com o ralo da piscina, a fim de evitar incidentes e potencializar a diversão de todos os seus familiares. Confira!
Como mencionamos, o ralo de fundo tem uma função objetiva e prática: fazer a sucção de toda a sujeira que chega ao fundo da piscina, permitindo que ocorra, também, a circulação da água.
Ou seja: trata-se de um item elementar que ajuda a promover o sistema de filtração e ajudar tanto na limpeza quanto na manutenção geral da piscina por meio dos produtos químicos mais utilizados nela.
Escolher o modelo adequado do ralo de piscina, portanto, é uma etapa importante e que deve respeitar, em primeiro lugar, as especificações com relação a:
Além disso, todo esse aspecto técnico do ralo de fundo — também conhecido como dreno de fundo — deve ser idealizado seguindo à risca as indicações da norma NBR 10339 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que explora as características do item quanto a sua localização e dimensionamento adequados.
Por ser um item importante para a manutenção da piscina, o ralo de fundo deve ser checado constantemente, a fim de garantir o seu funcionamento e eficácia.
O método mais lógico, para isso, é conferir se o poder de sucção do equipamento está de acordo com o especificado. Além disso, vale se atentar a respeito do caminho percorrido pela água da piscina.
Assim, procure saber se os dois ralos da piscina estão conectados, fazendo com que a água passe pelo filtro da piscina e siga até a tubulação de retorno. São estes os dois ralos que encontramos nesse espaço: um de saída e um de entrada da água.
Outro ponto que não pode faltar na sua rotina de manutenção da piscina é a checagem periódica de todos os equipamentos. Para isso, convém até mesmo contratar serviços especializados que ajudem a diagnosticar problemas e a solucioná-los.
Com isso, o ralo da piscina passa a ser um ponto constantemente observado e monitorado, para que permaneça sendo um item de alta performance na limpeza e também na filtragem da sua área de lazer.
Sem falar que essa checagem periódica também pode vir acompanhada de ainda mais segurança para todos, quando algumas dicas complementares podem ser aplicadas na instalação do ralo da piscina, como:
Essas dicas, no entanto, são apenas a abertura de um amplo assunto que vive em discussão entre aqueles que possuem uma piscina em casa ou no condomínio. Afinal, como mencionamos no início do texto, o ralo é um item tão importante quanto digno de atenção e cuidados, pois oferece certo risco de acidentes.
Por isso, trataremos a seguir dos principais cuidados a serem tomados para evitar qualquer tipo de incidente em sua piscina, garantindo que você e seus familiares possam apenas aproveitar as muitas brincadeiras aquáticas que podem ser desfrutadas sob o calor do sol!
Todo tipo de diversão fica ainda melhor quando acompanhado de boa dose de segurança. E isso deve envolver, primeiramente, conhecimento sobre quais são os principais incidentes que envolvem os banhistas e um ralo de piscina.
Em geral, é comum que algumas partes do corpo sejam sugadas, dificultando que as pessoas consigam emergir. Mas isso não é tudo, afinal de contas, alguns objetos presos ao corpo também podem ficar presos no equipamento, como correntes e pulseiras.
Abaixo, selecionamos os principais tipos de acidentes que envolvem os banhistas. Fique atento para tomar as devidas precauções:
Um dos principais riscos que envolvem os banhistas, na piscina, é o cabelo solto que acaba sendo sugado.
No caso, ainda que ocorra a passagem de água, já que nem todo o cabelo é sugado, os fios se prendem na grade ou tampa, o que impede os banhistas de se desvencilharem.
Utilizar elásticos e outros itens para prender o cabelo pode ajudar a evitar acidentes, mas não é a solução definitiva (toucas de cabelo, por sua vez, são mais recomendadas).
Após diversos pulos, mergulhos e outras brincadeiras que levam as pessoas à parte funda da piscina, deve-se tomar cuidado para evitar a sucção na parte dorsal do corpo.
Esse aspecto deve ser observado principalmente por se tratar de uma área grande e capaz de tapar completamente o ralo da piscina, o que aumenta o poder de sucção e impede as pessoas de se libertarem.
Piscinas com poder de sucção grande também podem puxar e prender os banhistas pelas nádegas.
Algo muito similar ao da parte dorsal do corpo, já que é possível fazer com que o ralo seja completamente obstruído pelo corpo do banhista.
De maior ocorrência em ralos de piscina cujas tampas possuam aberturas inferiores a 10 mm, esse tipo de acidente é de menor ocorrência, mas, nem por isso, menos grave.
Afinal de contas, é comum que a curiosidade de crianças as levem ao ralo para testar o seu poder de sucção, o que pode aumentar o risco de um acidente.
Também de ocorrência pequena, uma vez que são membros estreitos e facilitam a liberdade do banhista, mas ainda exige a atenção de todos.
Por fim, vale se atentar aos acessórios utilizados (como correntes, pulseiras, relógios, braceletes e as próprias roupas de banho).
Embora seja mais fácil escapar do ralo da piscina quando eles são sugados, vale a pena evitar entrar na água com esses acessórios, a fim de reduzir as possibilidades de acidente, não concorda?
Caso você esteja no Estado de São Paulo, procure se informar a respeito do decreto nº 13.166, de 23 de janeiro de 1979, ou do decreto nº 5.499, de 9 de junho de 1972, no Estado do Rio de Janeiro. São essas as normas que valem como leis a respeito de tudo o que você precisa saber sobre o seu ralo da piscina.
Além, é claro, da já citada norma da ABNT NBR 10339, que, entre outros itens pertinentes, aponta a velocidade máxima de sucção (lembrando: é de 0,6 m/s).
Outro ponto a se atentar, nesse sentido, é que o ralo só deve ser retirado com o auxílio de uma ferramenta, o que reforça a necessidade de contar com rachaduras de dimensões inferiores a 10 mm — tudo para que acidentes sejam evitados.
Caso queira saber um pouco mais sobre as normas relacionadas ao ralo da piscina, recomendamos que procure por duas normas que são importantes e de suma relevância nos Estados Unidos:
A legislação deve ser lida para que você conserve e aumente a segurança em sua piscina. No entanto, para realmente contar com uma rotina livre de riscos em sua área de lazer, recomendamos que você também se informe a respeito de algumas dicas práticas focadas em como evitar acidentes no ralo. Confira algumas a seguir:
Antes de falarmos a respeito dessas soluções em potencial, vale o aviso: nenhuma delas garante que a sua piscina fique livre de riscos com relação ao poder de sucção do ralo.
Primeiramente — e especialmente —, quando existem crianças na área da piscina, é fundamental que sempre tenha um adulto supervisionando a diversão, a fim de minimizar a possibilidade de um acidente.
Ainda assim, as dicas práticas que você verá a seguir podem contribuir significativamente para uma piscina mais segura e divertida para todas as idades! Confira:
Existem dois tipo de drenos antiturbilhão que podem ajudar a minimizar os riscos de acidentes decorrentes da sucção do ralo da piscina.
Um deles é o dreno com uma tampa com formato abaulado e uma série de ranhuras próximas à borda do equipamento. O outro é um que conta com uma pequena cavidade entre o corpo do dreno e o perímetro circular.
Existem diferentes modelos de grelhas (como quadradas ou retangulares) — e com dimensões variadas, também —, o que permite um ajuste mais preciso com relação às especificações necessárias para a sua piscina.
Isso porque são produtos que evitam que as partes do corpo sejam sugadas por completo, já que não obstruem o ralo da piscina.
Pode ser um diferencial e tanto se a sua preocupação reside em proporcionar um ambiente ainda mais seguro na sua piscina!
Falamos anteriormente a respeito dessa solução, mas vale o reforço. Afinal de contas, trata-se de uma medida bastante efetiva e capaz de reduzir as possibilidades de acidentes.
Nesse caso, o que ocorre é que esses ralos interligados ajudam a distribuir melhor o poder de sucção e, caso algo obstrua um dos ralos, essa potência é reduzida significativamente, facilitando que o membro preso seja solto — e que o banhista volte à superfície em segurança.
Solução eficiente, mas na qual devem ser levados em conta diferentes aspectos, uma vez que as coadeiras, em geral, contam com registros internos para dividir o fluxo. Por isso, convém pensar nesse tipo de solução apenas caso a coadeira não possua esse registro.
Alternativa que deve ser contornada por meio do uso de coadeiras ou mesmo com a implementação de um transbordamento perimetral.
Assim, a entrada de água funciona com o uso de bocais de retorno nas paredes ou, ainda, pelo próprio piso da piscina. A atenção principal, nesse caso, fica por conta do esforço extra em aspirar e drenar a água para realizar uma manutenção mais eficiente.
Ao colocar o ralo da piscina em um compartimento longe do alcance dos banhistas, você previne que eles se aproximem do equipamento — o que, consequentemente, os mantém longe da área de risco.
Essa solução pode ser pensada para que um tanque de compensação colete a água, fazendo com que a bomba trabalhe com a sucção diretamente do tanque, em vez de sugar a água da piscina.
Assim, elimina-se a necessidade de um ralo de fundo e o processo de sucção é realizado em uma área onde não existe a presença de banhistas — e o ralo deixa de representar um perigo para as pessoas.
Sistema que interrompe a sucção de água quando ocorre alguma obstrução no ralo da piscina. Aí, o respiro (que é conectado à linha de sucção entre o ralo e a bomba) trabalha para que o sistema do ralo seja interrompido, o que ajuda a libertar algum membro ou acessório preso ao ralo.
Acima, falamos a respeito de soluções que trabalham mais com aspectos estruturais da piscina. Soluções, portanto, que geram um custo maior e que podem ser aplicadas tanto durante a construção desse espaço, quanto posteriormente, em uma eventual reforma.
Nós recomendamos que você avalie as principais alternativas aqui apresentadas, e consiga realizar uma combinação de soluções para maximizar a segurança da sua área de lazer.
Assim, o ralo da piscina deixa de ser um temido vilão e todos podem se concentrar em apenas curtir os dias de sol e as noites encaloradas com longos banhos de piscina.
E, como complemento ao que já foi apresentado, você também pode procurar por grelhas especiais para serem acopladas ao ralo da piscina. Isso porque as dimensões diferenciadas dessas grelhas proporcionam uma série de cuidados, como:
Além disso, esse tipo de produto conta com a aprovação da ASME/AISI – 112.19.9M, e oferece uma segura vazão de 24,9 m³/h (109,6 gpm).
Recomendamos, portanto, que você procure saber um pouco mais a respeito dessa grelha especial. Assim, não vão faltar cuidados em seu ralo da piscina, aumentando a conveniência em possuir uma piscina em casa ou no seu condomínio.
Para finalizarmos o assunto, reunimos algumas outras soluções que pouco ou nada interferem na estrutura da sua piscina.
Uma delas é realizando o “teste da verdade”, para conferir a velocidade e o poder de sucção. Esse tipo de teste consiste em colocar uma tábua diante do ralo da piscina, com o motor da bomba em funcionamento, para mensurar a força com a qual a tábua é puxada.
Caso você tenha dificuldades em removê-la do ralo, convém buscar auxílio profissional para descobrir qual é a real velocidade de sucção que está em funcionamento na sua piscina e regulá-la, caso necessário.
Além disso, outros tipos de atitudes mais econômicas e práticas podem fazer parte da sua rotina, visando minimizar os riscos para os banhistas de sua piscina, como:
A touca não é um acessório útil somente para nadadores amadores e profissionais, ou mesmo para cuidar dos cabelos em relação ao excesso de cloro. A touca pode ser um item de prevenção de acidentes relacionados ao ralo da piscina.
Afinal, o seu uso vai dificultar — e muito — que o cabelo seja sugado pelo ralo, gerando dificuldades para o usuário se desvencilhar. Principalmente, quando levamos em consideração que o cabelo é um dos casos mais recorrentes de acidentes de afogamento no Brasil.
Ao remover os acessórios, antes de entrar na piscina, haverá a possibilidade de reduzir ao máximo a possibilidade de enganchar algum item pessoal no ralo.
Sem falar que não há necessidade de utilizá-los dentro da piscina, pois correm o risco de estourar, por exemplo (no caso de uma corrente ou pulseira), e serem sugados.
O mesmo vale para roupas muito folgadas, que aumentam consideravelmente o risco de ficarem presas no ralo, por exemplo. O mais indicado é o uso de roupas de banho próprias para a atividade, como sungas, biquínis e maiôs.
Esse tipo de equipamento pode resolver o problema de uma sucção potente, mas deve ser pensado com cuidado, já que a bomba pode não atender ao tempo de recirculação necessário para a eficiente circulação da água.
Além disso, é possível pensar na possibilidade de um disjuntor ou chave magnética posicionado próximo à área da piscina.
Assim, caso algo ou alguém seja sugado pelo ralo da piscina, esse equipamento pode cortar a energia da bomba e interrompendo completamente a sucção.
É claro que essa se trata de uma solução que exige a presença de alguém para desligar a chave e interromper o fluxo de energia. Mas, ainda assim, é uma boa solução quando existem crianças na casa, e os adultos têm o costume de supervisionar a diversão mirim.
Como foi possível perceber, além de essencial para limpar e manter a piscina com uma alcalinidade equilibrada e o pH perfeito — já que ajuda com a filtragem da água —, o ralo é um item que demanda bastante atenção para conferir segurança aos banhistas.
O que significa que muitas das soluções aqui apresentadas devem, obrigatoriamente, fazer parte estrutural da área de lazer mais visitada nos dias quentes. Por isso, convidamos você a reler cuidadosamente este post, para que consiga elaborar uma estratégia norteada pelas soluções que apresentamos aqui.
Além disso, que tal compartilhar este post em suas redes sociais? Assim, mais pessoas passam a ficar por dentro das melhores alternativas disponíveis para remover a sujeira da água, bem como de todos os perigos que envolvem o ralo da piscina!