Os salva-vidas — ou guardiões de piscina — são profissionais devidamente treinados para evitar acidentes e realizar salvamentos em ambientes aquáticos. A presença desses profissionais em piscinas coletivas é de suma importância para garantir a segurança e integridade física dos banhistas.
Na hora de procurar um lugar para se divertir com a família, sobretudo as crianças, é necessário ter certeza de que o local escolhido para banho está cumprindo com as normas de segurança e conta com o número de salva-vidas necessário.
Neste artigo, tratamos de listar as principais características e atribuições da profissão de salva-vidas, assim como as leis que determinam a presença desse tipo de profissional em áreas de banho. Confira!
O salva-vidas é um profissional habilitado para impor medidas preventivas, educativas e orientação de salvamento em ambiente aquático, para, assim, prevenir casos de afogamento. Para atuar nessa profissão, é preciso ter boa resistência e preparo físico, saber nadar bem, ter fôlego, capacidade de concentração, entre outras habilidades.
A profissão de salva-vidas vai bem além das piscinas, sendo que as praias mais movimentadas do país contam com a presença constante desses profissionais. A atuação ocorre em três principais modalidades: salva-vidas de praias, que efetuam salvamento no oceano; salva-vidas de rios, represas e lagos; e os salva-vidas de piscina, de que falamos neste artigo.
Os salva-vidas de piscina passaram a ser contratados, principalmente, após a lei aprovada em 2011 pelo Congresso brasileiro, que determinava a obrigatória presença desses profissionais em piscinas públicas e coletivas. Por meio de recurso, esse Projeto de Lei Constitucional voltou para análise junto a outros projetos sobre a mesma temática.
O mercado de trabalho para os salva-vidas profissionais está em crescimento, sobretudo para atuar em piscinas. No ano de 2011, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que determina a presença de salva-vidas em piscinas públicas e coletivas, como de clubes, condomínios, instituições educacionais públicas e privadas, academias, hotéis e parques aquáticos, em todo o país.
A decisão causou indignação em condominios de todo o país que julgaram a lei desnecessária, entraram com recurso e conseguiram adiar a decisão, que foi enviada para análise juntamente com os demais projetos de lei referentes ao tema que o sucederam nos anos de 2013 e 2014 (PLC 42/2013; PLCs 48/2014 e 71/2014).
Tais projetos de lei basearam-se em dados alarmantes divulgados por pesquisas como a realizada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), segundo a qual o afogamento é a segunda maior causa de morte entre crianças de 9 a 15 anos de idade e mais de 50% dos óbitos acontecem em piscinas.
O referido projeto de lei determina, ainda, que os salva-vidas trabalhem uniformizados e fiquem visíveis ao público, sentados em uma cadeira especial, que os coloca 1,8 m acima dos banhistas. O profissional deve estar devidamente equipado com ferramentas de salvamento, tais como tubos flexíveis de resgate, boias circulares, coletes salva-vidas, entre outros.
Atualmente a regulamentação das piscinas de uso coletivo e a obrigatoriedade da presença de um salva-vidas é regida por leis orgânicas estaduais e possuem especificidades de acordo com cada unidade federativa.
Além dos casos de afogamento, existem outros riscos de acidente em piscinas, sobretudo as públicas. Por essa razão, os cuidados dos salva-vidas vão além do salvamento em si, pois também é necessário evitar situações que possam ferir tanto o envolvido quanto as pessoas ao redor dele. Para encerrar este artigo, preparamos uma lista de acidentes mais comuns em piscinas.
Esta é uma das causas mais constantes de acidentes em piscina e pode resultar em fraturas e escoriações muito sérias. O ideal é não correr ao redor da piscina e, quando estiver fora, utilizar um chinelo ou sandália com sola aderente.
Também é importante alertar os filhos sobre a necessidade de tomar cuidado para não escorregar e não causar danos às demais pessoas. Crianças em piscinas costumam se empolgar, e é nessas horas que os acidentes acontecem.
Esta é uma prática comum entre os meninos, sobretudo na piscina de casa. Se já não fosse perigoso o bastante fazer esse tipo de brincadeira em ambiente privado, muitos querem reproduzir a brincadeira também nas piscinas públicas e coletivas. O risco de cair e bater a cabeça na borda da piscina é o mais óbvio, e cabe ao salva-vidas controlar esse tipo de situação.
Este problema ocorre muito em piscinas rasas, quando o banhista calcula uma profundidade muito maior do que a real e mergulha, bate com a cabeça no fundo e desmaia. O risco de afogamento nesses casos é muito alto, devido à perda de consciência.
Além do que, existe o risco de lesões gravíssimas na coluna, pescoço e região cerebral. Assim como nos rios e mares, mergulhar de cabeça em uma piscina que não se conhece bem é uma péssima ideia.
Grande parte das pessoas que se afogam em piscinas estão alcoolizadas, quase sem reflexos — e sem limites. Pessoas bêbadas sentem-se empoderadas e agem com impulsividade, o que as leva a desconsiderar os riscos que estão sofrendo. Lembre-se de maneirar no álcool quando estiver na piscina.
Este tipo de acidente ocorre, principalmente, com pessoas de cabelos longos, pois a sucção do ralo cria uma espécie de redemoinho que prende os cabelos e dificulta os movimentos do banhista. É como se a sucção puxasse a pessoa pelos cabelos —também por esse motivo, não é indicado entrar de roupas largas em uma piscina.
Este problema é uma extensão do anterior. Os ralos de piscina são a parte mais perigosa, principalmente para crianças, pois, se a manutenção não for feita com cuidado, um defeito pode facilmente causar um acidente por afogamento.
Este é um risco que corremos, sobretudo, em piscinas de festas ou que eventos que envolvam bebida alcoólica. Sempre existem os desrespeitosos que depositam objetos quebrados, como copos e garrafas, no fundo da piscina de propósito.
Também existem os descuidados que entram na piscina com copos e garrafas inteiras, acabando por quebrá-las lá dentro, muitas vezes sem se dar conta do mal que isso pode causar. Cabe também ao salva-vidas evitar que pessoas entrem ou permaneçam à beira da piscina com copos e garrafas de plástico.
A profissão de salva-vidas é regulamentada, e a presença de um desses profissionais em piscinas públicas ou coletivas é obrigatória por lei. Além do condicionamento físico necessário, o salva-vidas profissional realiza cursos de resgate, salvamento e primeiros socorros.
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